Prestes a completar 2 meses da minha mudança, começo a sentir os efeitos da solidão. Dessa vez ela veio pra incomodar. Algo está fora do lugar, em desequilíbrio. Não sei se são as paredes brancas, o ambiente sem cor, a cama grande demais, a liberdade que tb sobra.
Vontade de realizar todas as minhas vontades, de uma só vez. Obrigação de fazer o que nunca fiz, ou o que fiz pouco, justamente porque não gosto de fazer.
Chego a me desconhecer, como se fosse duas pessoas, duas almas, em um corpo só. Uma que pede pra sair, caminhar, dar um rolé; outra que lembra o tempo todo das obrigações.
E nessa briga com meus "Eus", duas noites em claro, e nem sinal do sono até agora. Rio sozinha dessa minha situação, choro na solidão. Da minha varanda, observo o tempo passar. A Lua que vem me vistar, e uma saudade da minha vida que se perdeu e talvez nem volte mais.
Acho que é esse desprendimento que causa a dor. Uma nova vida, novos desafios e dificuldades, uma convivência forçada comigo mesma. Nunca pensei que fosse tão difícil!
É preciso ter consciência e tocar a vida, porque, como diz a canção de Cazuza, "o tempo não para".
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